Buscar um tempo para si mesmo junto ao bom Deus. Um retiro espiritual deve ser marcado por este principal objetivo. Vivemos hoje num mundo de grande velocidade, agilidade de informação e compromissos diversos, onde, quase sempre, não temos tempo para nada e se não tiver tempo para Deus à morte espiritual é absolutamente certa! O ser humano, em especial os dedicados à vida religiosa, necessita de uma parada nas atribuições do dia-a-dia para ampliar esse contato ardente com o Pai celestial.
O retiro torna-se este momento no qual paramos para refletir sobre nós mesmos, sobre a nossa condição de vida; para pensar em como estamos vivendo, quais motivações para as tarefas que realizamos e para o modo de vida que temos; como estamos agindo e nos comportando no meio da sociedade. Enfim, uma série de questionamentos que podem ser respondidos por meio do silêncio, da oração e de um aproximar-se mais intenso ao Senhor Deus.
Nos Santos Evangelhos, o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo que se afastava das multidões que o seguiam e retirava-se para um ermo onde pudesse entregar-se a contemplação. Antes de iniciar a sua vida pública, recolheu-se a um deserto onde sua natureza humana foi posta a prova, sem que o demônio a pudesse dominar. Com seus discípulos, igualmente, ao voltarem da missão, retirava-se com eles para que pudessem, na solidão, estar a sós com Deus. (Cf. Mt 4,1-11; 14,23; Mc 1,35).
O santo retiro, o recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças e nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, nos tornar à imagem de Cristo. É num retiro que somos convidados a nos entregarmos nos braços do bondoso Deus, confiarmos a ele toda a nossa vida. O retiro é um momento rico e oportuno para renovarmos a nossa vida de oração e nossa espiritualidade.
“A pratica do silêncio, da meditação e da oração favorecem diversas áreas cerebrais, tornando-as mais pacientes e altruístas”, afirmou a Dra. Adriana Gini, neurorradiologista italiana.